Personalidades que por cá passaram — Alfredo Moreno Mendiguren

Alfredo Moreno Mendiguren

Alfredo Moreno Mendiguren nasceu em Buenos Aires em 1925, mas foi criado e educado em Lima, Peru. Estudou Direito em San Marcos e, depois de exercer alguns anos como advogado, ingressou no serviço diplomático.[1] Foi adido da imprensa da Legação do Peru na Bélgica[2] e, mais tarde, Cônsul Geral do Peru em Lisboa.[3] Foi ainda publicista, redator do diário “La prensa” (editado em Lima) e subsecretário da Presidência da República do Peru.[4]

Alfredo casou-se em 1950 com D. Raquel Sanches da Gama Moreno, filha de Maria Amélia Câncio Mendes Sanches da Gama e do Dr. Tomás Sanches da Gama, à data proprietários da Casa das Fontainhas.[2]

Com vários livros publicados, destaca-se “Soplón” de 1963, uma obra de ficção sobre a corrupção no poder político, e que se inspira na sua breve passagem pelo mundo da política. A primeira edição desta obra manteve-se no primeiro lugar de vendas por vários meses e foi recentemente republicada.[1]

Ao que contam sempre se preocupou com o progresso da terra onde cresceu, onde aplicava todo o dinheiro que resultava da sua actividade profissional. A ocorrência de nacionalizações e expropriações nesse país a partir de 1969 tê-lo-ão afectado profundamente, tanto financeira como psicologicamente. Alfredo Moreno Mendiguren faleceu em Outubro de 1971, com apenas 46 anos.[5]

Alguns dos habitantes do lugar ainda se recordam de, em criança, brincarem com os filhos deste diplomata, quando aqui passavam umas férias no solar, sempre sob o olhar atento das criadas que os acompanhavam.


  1. Cartão de visita
  2. Entrevista sobre Soplón