Eucaliptos do Cabeço
Até 1931, achavam-se “dois colossais eucaliptos” na zona mais alta do terreno da Casa das Fontainhas, no Cabeço. As árvores, que “se avistavam a grande distância”, tinham cerca de “cinco metros de diâmetro e quarenta metros de comprimento”.[1]
Conta-nos Adelino Carvalho:
Tanto o meu pai como a minha mãe falavam destes gigantescos eucaliptos que, segundo eles, deram abrigo durante muito tempo a um casal de gatos toirões. Como limpavam as galinhas da zona, várias vezes foram organizadas batidas para os apanhar, mas sempre sem sucesso.
Quando eu vim viver para Couchel, por volta de 1952, esses eucaliptos já não existiam, mas o meu pai contava que eram precisos dez homens adultos para abraçar qualquer um deles.
Num artigo de jornal, de título “Duas árvores gigantescas”, é divulgado, pelo correspondente em Couchel, que “tais árvores deixam-nos saudades […] Foram compradas pelo sr. Manuel Martins, que as está fazendo remover para a Lousã”.[1]