Forno de Cal

No fundo de Vale do Forno, junto à antiga estrada principal, existia um forno de cal, do qual ainda são visíveis alguns vestígios.

Na publicação “Vila Nova de Poiares: Cem Anos de História” é explicado o processo de fabrico, venda e utilização da cal parda:[1]

Fazia-se um orifício na pedra, enchia-se com pólvora, os homens abrigavam-se, fazia-se explodir a pedra, em seguida os pedaços eram transportados em carros de bois até aos fornos, dentro dos quais eram empilhados.

A pedra era cozida durante dois dias a altas temperaturas, as mulheres andavam na apanha de mato para manter os fornos acessos. Os trabalhadores iam-se rendendo por turnos.

Depois de cozida a pedra era retirada dos fornos, por vezes ainda em brasa, era desfeita em água, acabando por ficar em pó. Em seguida era colocada nos carros de bois e vendida de porta em porta. Misturava-se com areia e água, e assim se rebocavam as casas.


  1. Teresa Mascarenhas e Ana Macedo de Sousa. Vila Nova de Poiares: Cem Anos de História. Edições Golfinho, 1999 ↩︎