Tombos de Couchel
Segundo uma resenha histórica sobre a restauração do concelho de Poiares, esta povoação começa a ser atestada por documentos do Mosteiro de Lorvão desde muito cedo.[1]
A Quinta de Couchel era uma importante propriedade do mosteiro, que foi demarcada e confrontada pelo Corregedor da Comarca de Coimbra e escrivão dos tombos do Mosteiro de Lorvão em 1787, ficando descrita da seguinte forma:
“A quinta de Couchel parte do levante (oriente) com terras do Morgado, Senhor de Penacova, do poente com terras da Universidade de Coimbra, norte e sul com terras da Lousã e Ducado de Aveiro.”[2]
Segundo José Maria Dias Ferrão, os decretos de 1836 que formaram o primitivo concelho de Poiares (“Santo André de Poyares”, no Reinado de D. Maria II[3]) incluiam “Valle da Clara, Couchel e metade de Framillo, fronteira que ainda hoje se mantém”. Fez parte do primeiro senado do primitivo concelho de Poiares o couchelense Caetano Ferreira de Carvalho.[2]
No Arquivo Nacional da Torre do Tombo em Lisboa podemos encontrar também, do ano de 1677, o “Livro do Tombo das Terras de Poyares & Couchel” e ainda o “Tombo dos reconhecimentos dos lugares de Couchel, Valdovas, Rouqueira e da Quinta da Coruveira e de Villar e do Crasto, e de Pereiros, e Soutello e de outros lugares, com seus casais, e demarcação pertencentes à renda de Santo Andre de Poiares, termo de Pennacova”.[4][5]
No Arquivo da Universidade de Coimbra, o “Rezumo do Tombo Novo de Couchel, anno de 1793” inclui detalhados registos, como bens e nomes de numerosos habitantes.[6]
- Resenha Histórica Comarca Arganil ↩︎
- José Maria Dias Ferrão. Concelho de Poiares: Memoria historica, descriptiva, biographica, economica, administrativa e critica. Typographia Louzanense, 1905 ↩︎
- Pedro Santos. “Santo André de Poyares”: Paisagens e Memórias Urbanas, 2003 ↩︎
- Tombo Terras de Poiares e Couchel ↩︎
- Tombo dos Reconhecimentos dos Lugares de Couchel ↩︎
- Revista Munda nº9, Maio 1985 ↩︎